O artista plástico Edvan Dias de Souza, ex-aluno do ateliê Arte e Neuroplasticidade, coordenado por Valmir Batista, teve seu projeto aprovado pela Lei de Incentivo à Cultura do município, o que lhe garantirá suporte financeiro para atuar, em 2009, como produtor cultural em diversos locais da cidade, ensinando a arte de esculpir com argila.

Batista, que também atuará no projeto, como instrutor, entende que a contemplação do projeto significa que a intervenção com a argila inclui as pessoas de forma concreta. “Percebemos que este experimento produziu os resultados porque a metodologia utilizada contribui para o desenvolvimento das funções psicológicas superiores, que é o pensamento lógico, o raciocínio abstrato, entre outros”, diz.

Para o artista, a metodologia, empregada há oito anos na UEM, também é um instrumento eficiente para o ensino da aprendizagem em argila. Segundo ele, o projeto de Souza permitirá o ensino da escultura em argila na UEM, na Associação Maringaense dos Autistas e no Centro de Convivência dos Idosos João Paulo II.

Sobre o ex-aluno, Batista avalia que ele se tornou um profissional, escultor, professor e produtor cultural, que agora vai ganhar para dar aulas de escultura em argila.

“Houve todo um trabalho preparatório para que o Edvan se tornasse um escultor, dominasse a técnica, se tornasse um professor, expositor, construísse um currículo. Sem este currículo, ele não poderia concorrer ao edital da Lei de Incentivo”, conclui.

Segundo Batista, das 18 pessoas contempladas pela Lei, Edvan de Souza é o único portador de deficiência. Ele tem paralisia cerebral, com deficiência de coordenação motora.