A Universidade Estadual de Maringá realizou, de quinta-feira a sábado (22 a 24), as solenidades de colação de grau dos alunos dos cursos de graduação do câmpus sede. A UEM colocou mais 2.277 novos profissionais no mercado de trabalho. Neste ano, as cerimônias apresentaram algumas novidades. Elas foram realizadas em três dias consecutivos e cada uma delas teve um paraninfo geral diferente.

Décio Sperandio, Neusa Altoé e Mário de AzevedoNo dia 22, a UEM formou o segundo profissional indígena. Rozilda da Silva Camargo, da Nação Guarani, graduou-se em Pedagogia. Nesse dia, receberam certificados os 916 formandos de Letras, Pedagogia, História, Geografia, Psicologia, Ciências Sociais, Filosofia, Música, Normal Superior (Pólo de Sarandi) e Secretariado Executivo Trilíngüe. A paraninfa geral foi a reitora da Gestão 1998-2002, Neusa Altoé.

O vice-reitor Mário de Azevedo destacou o momento histórico que vivemos. Ressaltou que o momento de crise também é momento de oportunidade. Lembrou os novos profissionais que o diploma da UEM que eles estavam recebendo daria base para superação da crise e das dificuldades. Mas disse a eles que não esquecessem os que estão fora da universidade, aqueles que não puderam entrar.

Em sua fala, Altoé destacou que o reconhecimento e a legitimidade social da universidade estão vinculados historicamente a sua capacidade autônoma de tratar com as idéias, de buscar o saber, de descobrir e de produzir conhecimento. Para ela, as universidades precisam assumir a educação como processo, e compreender os vários momentos históricos por que passa a sociedade e mediar suas lutas sociais, participando, desta forma, das políticas públicas do Estado.

Missão institucional

Décio Sperandio, Maria da Conceição Silva e Mário de AzevedoNo dia 23, receberam seus certificados 755 alunos de Ciências Econômicas, Ciências Contábeis, Direito, Administração, Enfermagem, Educação Física, Farmácia e Odontologia. A paraninfa nesse dia foi a professora Maria da Conceição Silva.

O reitor Décio Sperandio destacou que a UEM sempre celebra com entusiamo a formatura de seus estudantes, pois, entre os feitos da universidade pública, que não são poucos, a formatura é sempre o coroamento de uma atividade que compõe a missão acadêmica institucional. Lembrou que os novos profissionais estavam se formando em uma universidade que foi considerada pelos ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia como uma das melhores do País. Disse que esse fato aumenta a credibilidade institucional e também a responsabilidade deles como formandos da instituição.

Sperandio propôs a cada um que colocasse como projeto de vida a continuidade dos estudos em nível de pós-graduação e voltou a pedir que todos engrossassem o coro dos que defendem a universidade pública. Para ele, isso significa a defesa do ensino gratuito, defesa da pesquisa básica e aplicada, objetivando a melhoria de vida das pessoas. Significa defender a única instituição capaz de promover o desenvolvimento científico, tecnológico, econômico, social e cultural.

Maria da Conceição Silva, paraninfa de sexta-feira, destacou que fazer parte da UEM, como professora ou como formando da melhor universidade do Paraná, é motivo par muito orgulho. Falou também da emoção de ter sido escolhida pelos alunos como paraninfa e de entrar par a história da vida de cada um dos presentes na solenidade.

Recursos para UEM

Décio Sperandio, Ênio Verri e Mário de AzevedoNo dia 24, colaram grau os 606 alunos de Estatística, Física, Química, Matemática, Agronomia, Zootecnia, Ciências Biológicas, Ciência da Computação, Informática, Arquitetura e Urbanismo, Engenharia Civil, Engenharia Química, Engenharia de Alimentos, Engenharia de Produção e Engenharia Mecânica. O paraninfo foi o secretário de Planejamento do Paraná, Ênio Verri.

O vice-reitor Mário de Azevedo elogiou a escolha do deputado, secretário de Planejamento e professor da UEM, Ênio Verri, como paraninfo do dia. “Só nós sabemos o quanto ele tem auxiliado a Universidade, inclusive, em termos financeiros. No final do ano, juntamente com a professora Lygia (secretária de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Lygia Pupatto), destinou próximos de R$ 18 milhões para investimentos. Valor que superou toda nossa expectativa. Destaco, também, a competência técnica e científica dele”.

Azevedo lembrou aos alunos que essa era uma etapa muito bem cumprida, já que eles estavam formados e recebendo diploma de uma Universidade de referência no mundo do trabalho e da ciência, o que os credencia não somente para superar as adversidades da atual conjuntura, mas que os prepara para todas as conquistas. Disse que tudo isso sem perder de vista os valores humanistas, como os da cooperação e da solidariedade. Pediu aos novos profissionais que não esquecessem que freqüentaram uma universidade pública e gratuita, financiada, muitas vezes, por aqueles que não experimentaram o espaço da academia. “Devemos ser gratos ao público que nos financia e que financia uma formação de alto nível”.

O secretário Ênio Verri abordou, em seu discurso, a sua trajetória na UEM como acadêmico e como professor; destacou a tradição e a excelência da Instituição no cenário nacional e falou da necessidade de se valorizar a Universidade.

Em Maringá, a UEM entregou láureas acadêmicas a 90 formandos que, durante seus respectivos cursos, obtiveram, em dois terços das notas, o conceito 9 ou acima de 9.

A UEM já realizou as solenidades de colação de grau de seus alunos dos câmpus regionais de Goioerê e de Umuarama. Os demais serão realizados de acordo com o seguinte cronograma: Cidade Gaúcha, sexta-feira (30); Cianorte, sábado (31); e Diamante do Norte, 7 de fevereiro.