Diego Corrêa Alves na BahiaDiego Correa Alves, aluno do 4º ano de Zootecnia da UEM, foi contemplado no XXIII Prêmio Jovem Cientista. A monografia Monitoramento Pesqueiro Participativo como Ferramenta de Coesão Social, orientada pela professora Carolina Viviana Minte Vera, do Departamento de Biologia, recebeu o Diploma de Reconhecimento. O trabalho faz parte de uma linha de pesquisa que inclui não só a pesquisa em si, mas o ensino e a extensão. E é resultado de três projetos de Iniciação Científica (PIC e Pibic): Estimativa da Captura Total de Pescado na Reserva Extrativista do Corumbau (situado no Sul da Bahia); Consolidação e Transferência do Monitoramento Pesqueiro da Reserva Extrativista da Marinha do Corumbau para suas Associações; e Subsídios para Avaliação Participativa dos Recursos Pesqueiros na Reserva Extrativista Marinha do Corumbau. Todos eles orientados por Minte Vera, com apoio e financiamento da Conservation International do Brasil, ICMBio/Ministério do Meio Ambiente, Fundo Nacional do Meio Ambiente e Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca/Ministério do Desenvolvimento Agrário.

Eles fazem parte dos projetos institucionais Monitoramento dos Desembarques Pesqueiros e Experimentos de Redução de Fauna Acompanhante na Reseva Extrativista da Marinha do Corumbau (2005-2007) e Abra os Olhos para Ciência (região de Abrolhos/2007-2008). Seus objetivos são conhecer a pesca e os recursos daquela região, promover o monitoramento da área de forma não tradicional e sim com a participação dos pescadores, auxiliando-os a realizar o manejo dos recursos. Pretendem ainda envolver jovens, tanto locais como estudantes, nos projetos de pesquisa e unir a ciência, a extensão e o ensino.

Segundo a professora, o monitoramento pesqueiro participativo se apresenta como uma alternativa e potencial para sistemas de monitoramento de baixo custo, que, além de fornecer informações importantes para o manejo de recursos para subsidiar a tomada de decisões para os projetos de fomento, é importante ferramenta de coesão e empodeiramento da comunidade. “O projeto também propiciou a integração nacional através da atuação da UEM em regiões pobres do País e carentes de profissionais capacitados, contribuindo para a redução de desigualdades regionais, e mostrando assim o impacto em nível nacional da atuação da UEM”.

Para o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da UEM, Nilson Evelázio de Souza, a premiação é o reconhecimento da produção da UEM. “É mais um trabalho de vulto realizado na UEM. É um reconhecimento de âmbito nacional. Os docentes estão parabéns. A UEM tem se destacado bastante na pesquisa”.

Os resultados do prêmio foram divulgados nesta quarta-feira (22), pelo presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT), Marco Antonio Zago. Ele destacou que “esse prêmio é muito importante porque garante que estamos tendo renovação na ciência. Houve uma grande quantidade de jovens que participaram do prêmio e isso mostra que temos muito vigor na nossa ciência, nos jovens que estão vindo substituir nossa geração. A ciência pode sim ser popularizada e tem condições de chegar aos cidadãos”.

O prêmio é uma iniciativa do CNPq, Gerdau e Fundação Roberto Marinho. Este ano, dentro do tema central Educação para Reduzir as Desigualdades Sociais, recebeu 1.748 inscrições de todo o País, sendo que 485 na categoria Graduado; 293 na categoria Estudante do Ensino Superior e 970 na categoria Estudante do Ensino Médio.