A UEM receberá R$ 4,5 milhões do governo estadual, oriundos da Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), por meio do Fundo Paraná. A secretária Lygia Pupatto e o reitor Décio Sperandio assinaram o convênio de repasse de recursos, hoje pela manhã (13) e, à tarde, participaram de eventos ligados ao Programa Universidade Sem Fronteiras.

Os convênios assinados prevêem o repasse de R$ 4,4 milhões para a execução do Projeto de Implementação da Infra-estrutura de Pesquisa/Ensino da UEM e R$ 119 mil para o desenvolvimento da segunda fase do projeto "Pesquisa arqueológica na redução jesuítica de Santo Inácio do Ipaumbucu", coordenada pelo professor Lúcio Tadeu Mota. O trabalho tem o objetivo de estudar, proteger e disponibilizar, para a visitação, o sítio arqueológico das ruínas de redução de Santo Inácio de Ipaumbucu, no município de Santo Inácio.

Os R$ 4,4 milhões são a terceira parcela dos recursos aprovados pelo governador Roberto Requião, em 2006, para edificações na UEM. Durante a solenidade de assinatura, realizada pela manhã, o reitor destacou que o convênio para infra-estrutura garante repasse até 2009. Com base nesses recursos, o Conselho de Administração da UEM aprovou uma resolução com a programação das construções. Ressaltou que o esquema de construção modular, em fases (estrutura, hidráulica/elétrica e acabamento), foi considerado interessante pelo governo.

O ex-secretário de Planejamento do Paraná, Ênio Verri, participou da cerimônia e falou sobre a carreira dos docentes das universidades e sobre o anúncio do governador de homenagear o bom desempenho do curso de Medicina da UEM. Informou que o governo deve repassar R$ 3,4 milhões para o Hospital Universitário.
 

Pupatto relembrou que, há 10 anos, as universidades estaduais estavam tentando obter financiamento do BNDES para construção nos câmpus e que, hoje, o governo estava honrando o compromisso de repassar recursos para as instituições. Lembrou que esta é a terceira parcela acordada. Segundo um cálculo do valor aprovado para todas as universidades estaduais, seria possível construir uma nova UEM.

A secretária destacou que esse investimento representa um salto de qualidade na pesquisa, no ensino e nas condições de trabalho. Ela elogiou o sistema modular de construção da UEM que permite a edificação de vários prédios ao mesmo tempo.

Pupatto aproveitou, ainda, para informar que está em andamento o processo para equipar a UEM e a UEL dentro dos projetos de biologia celular e transplante de medula óssea. Falou sobre o investimento nas instituições públicas que tem trazido resultados positivos, como o cateter desenvolvido pelo Hospital Erasto Gaertner com recursos do Estado e que permitirá ao SUS a aquisição desse material a preços de custo. O ministro José Gomes Temporão estará em Curitiba,, na próxima semana para viabilizar a aquisição desse material que, hoje, é importado.

Sem Fronteiras

Durante a tarde, a secretária distribuiu seu tempo entre a equipe da UEM e todos os parceiros do Programa Universidade Sem Fronteiras. Às 14 horas, ela se reuniu com o Conselho de Adminsitração da UEM e com coordenadores de alguns dos 20 projetos que estão sendo executados pela Universidade, dentro do Programa. Nessa ocasião, a secretária falou que o governo lançou um edital para um novo subprograma do Universidade Sem Fronteiras: de apoio a pequenos e microempreendimentos, no valor de R$ 6 milhões.

Antes de finalizar sua fala, Lygia repassou informações sobre o andamento das mudanças da carreira docente das universidades. Disse que está dentro do cronograma e que a intenção que sejam implantadas o mais breve possível. Informou que o governador quis primeiro repassar o índice da inflação aos salários.

Seminário

Às 16 horas, no anfiteatro do bloco C-67, a secretária, o reitor e o vice receberam os participantes do Seminário de Integração do Universidade Sem Fronteiras. Foi uma espécie de prévia das atividades marcadas para às 19h30. Cerca de 500 pessoas vão discutir os projetos do Universidade Sem Fronteiras, entre a UEM, a Fafipa e a Fecilcam. A idéia é avaliar, definir e articular experiências de trabalho dos projetos do maior programa de extensão universitária do País.

A discussão ocorrerá dentro dos quatro sub-programas em andamento: apoio à pecuária de leite, às licenciaturas, às incubadoras de direitos sociais, e apoio à agricultura familiar.

O Conselho Gestor do Programa, formado pelas universidades e outras instituições envolvidas, também participará do Seminário. Ao todo, a UEM tem 20 projetos ligados ao Programa, enquanto que, no Paraná, estão sendo executados 164 projetos.

O seminário segue até este sábado (14). Às 8h30, no bloco 33, câmpus da UEM, serão realizadas várias oficinas para discutir os projetos e tentar promover uma integração com os 38 municípios envolvidos na região noroeste. Destas oficinas sairá um documento sobre os resultados parciais obtidos, até o momento, por meio dos projetos em andamento.

Às 13h30, no auditório do Centro de Ciências Exatas, Bloco F-67, ocorrerá a plenária e o encerramento do evento. Os participantes da plenária irão elaborar um documento final sobre os projetos do Universidade Sem Fronteiras, que será entregue para a Seti.

Além dos debates, o seminário terá apresentações culturais. Um dos destaques será o espetáculo de dança a ser executado pelos índios de algumas reservas da região.