Os novos diretores e vice-diretores de centros foram empossados hoje de manhã (26), pelo reitor Décio Sperandio, na UEM. Além de desempenharem funções administrativas junto aos centros, os diretores também compõem o Conselho de Administração.
Durante a solenidade, Ricardo Pereira Ribeiro falou em nome dos diretores que estavam deixando o cargo. Disse que os representantes dos conselhos superiores são responsáveis por grandes realizações, traçando políticas universitárias, agindo em momentos de tensão, sendo coordenadores de despesa. Relatou que o conselho que sai teve conduta apolítica, pautada pela melhor conduta e pelo interesse da comunidade universitária. Destacou que a UEM é um grande patrimônio do Paraná, com todos os 49 cursos de graduação reconhecidos, mas que ainda necessita de uma política clara de recursos humanos por parte do Estado. A UEM tem crescido de tamanho, mas o quadro de docente e funcional está diminuindo, fato que sobrecarrega os servidores.
Mauro Ravagnani, empossado como diretor do Centro de Tecnologia, fez uma comparação entre dois momentos: há 12 anos, quando foi diretor do CTC pela primeira vez, e agora. Resumiu sua fala em duas palavras: otimismo e esperança. No primeiro caso, citou que, em 12 anos, o número de cursos praticamente dobrou, o espaço físico foi ampliado e a UEM está vivendo um processo de construção, que permitirá melhores condições de desenvolvimento de atividades. Em relação à esperança, destacou que a esperança é a de que esta Universidade, uma das maiores do Paraná, desenvolva ainda mais ensino, pesquisa e extensão com qualidade e transforme a realidade estadual e nacional. Como nem tudo são flores, manifestou-se contra a necessidade de professores e pesquisadores terem a autorização pessoal do governador para que possam apresentar seus trabalhos em eventos em outros países e contra a defasagem da carreira docente.
Lúcio Tadeu Mota, novo diretor do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, iniciou sua manifestação apontando que receberam para administrar um legado de 40 anos de história. Fez um resgate histórico da UEM, destacando a gigantesca energia despendida para criação da Universidade, a inserção da UEM nas trilhas da pesquisa e pós-graduação, a participação na democratização do País. Disse que a geração atual luta para manter as conquistas anteriores, mas que isso não é suficiente. A luta deve continuar e reforçar a busca da excelência. Sobre o papel do CAD, lembrou que o trabalho deve ser pautado pela democracia, compreensão de que os recursos para pesquisa devem ser para o fortalecimento dos grupos, pela visão nítida de que a UEM tem um papel a cumprir na sociedade por meio da extensão. Ressaltou ainda que o CAD deve propiciar meios ágeis para o desenvolvimento de atividades extensionistas e que, ao elaborar os orçamentos, não se oriente apenas por critérios históricos de distribuição de recursos, mas também pelo mérito.
O reitor agradeceu aos diretores anteriores, lembrando que eles tomaram decisões tendo como base o coletivo, a Instituição. Falou que a UEM brilha e que o brilho vem das mais variadas fontes. Na pós-graduação, com os conceitos dos cursos, pelo quantitativo de publicações científicas, pela captação de recursos junto a fontes estaduais, federais, pela cooperação técnica-científica. No ano passado, a UEM foi a universidade paranaense que obteve mais recursos junto à Finep. Disse que o brilho também ocorre na graduação e citou o desempenho em vários cursos. “Brilha também quando atende a demanda do governo, na elaboração e execução de políticas públicas, na apresentação de projetos em quantitativo maior que as outras”.
Citando que não existe universidade perfeita, disse que sempre se deve buscar o aperfeiçoamento, diagnosticando a situação e indo conquistar as causas, tendo como bússolas a excelência, o pluralismo, a ética, a solidariedade e a democracia. Citou ainda a integração, o empreendedorismo e a generosidade como ingredientes. Falou também sobre a carreira docente e a liberação de professores para apresentarem trabalhos no exterior. Finalizou apontando que não será possível acumular bens como professores, mas que “precisamos de salários dignos para termos vida digna e darmos vida digna para nossos familiares”.
Foram empossados os diretores e vice-diretores do CCA: Bruno Luiz Domingos De Angelis e Julio César Damasceno; CCB: Kathia Mathias Mourão e Sônia Molinari; CCE: Mauro Baesso e Valéria Domingos Cavalcanti; CCH: Lúcio Tadeu Mota e Ismara Vidal de Souza Tasso; CCS: Sandra Marisa Pelloso e Ângelo José Pavan; e CTC: Mauro Antônio da Silva Sá Ravagnani e José Márcio Peluso. Já os eleitos para o CSA: Clóvis de Souza e Antônio Carlos de Campos tomam posse no dia 24 de junho, às 9 horas, no Anfiteatro Ney Marques.